domingo, 8 de novembro de 2009

Capítulo 2: Juazeiro – Meca do Cariri

Juazeiro do Norte situa-se ao Sul do Ceará, a 570 quilômetros de Fortaleza, sendo a segunda maior cidade desse Estado. Tipicamente urbana, tem um clima ameno 35 graus e uma população estimada em 250 mil habitantes. Famílias tradicionais e oriundas de todo nordeste formam seu povo.

Está incrustado na região do Cariri, o "Oásis do Ceará". Cercada pela Chapada do Araripe, primeira floresta Nacional. Graças a sua situação geográfica, a região possui inúmeras fontes e quedas d`água, que proporcionam ótimo clubes de lazer e parques aquáticos, assim como "trekking’, esportes radicais, visitas a cavernas, inscrições rupestres e fósseis.

Essa região de terrenos férteis e veios abundantes de águas cristalinas foi habitada até "meados do século XVIII, pelos índios kariris". [1]

Juazeiro se destaca como um pólo universitário, com inúmeras entidades de ensino superior, públicas e particulares. Abriga ainda um vasto setor de comunicação, consolidado pelas rádios tradicionais e o advento de dois canais de televisão.

Rota obrigatória de grandes eventos musicais e esportivos. Possui folclore e artesanato exuberante, tornando-a um verdadeiro centro cultural nordestino, graças à multiplicidade regional de seu povo. [2]

O comércio é variado e abastece uma extensa área do Cariri e estados vizinhos, com destaque para o pólo industrial calçadista.

Segundo Néri Feitosa, "Juazeiro se fez ‘espaço’ para o nordeste: o lugar onde o sofredor está bem, onde toma uma folga no seu sofrimento, onde entrevê uma esperança de sair da penúria e de melhorar a situação econômica." [3]

Quem vem aqui nos meses de março, setembro e novembro, fica impressionado com a multidão de peregrinos em suas ruas e templos. É o período das grandes romarias. Embora receba romeiros "todos os dias", por ano afluem a Juazeiro números estratosféricos (2 milhões de pessoas). Eles vêem em busca de "cura, bênçãos, proteção e fé", além de pagar suas promessas e fazer compras. Considerado o segundo local de maior peregrinação do Brasil e quarto do mundo.

Nas palavras de Luiz Pontes, "Juazeiro do Norte se transformou na Meca do Nordeste brasileiro, para onde convergem quase meio milhão de romeiros anualmente, tanto do próprio Estado do Ceará como do restante do Nordeste de outras regiões do Brasil." [4]

Embora se destaque como uma cidade de intenso comércio, apurado artesanato, cultura diversificada, música harmoniosa, o aspecto místico e religioso transcende e absorve todos os outros. "Meca do Cariri", "Capital da Fé", "Terra do Padre Cícero", "Santuário do Nordeste" são pseudônimos dessa metrópole voltada às raízes católicas. Descrita como "um imenso laboratório onde manipuladores traçam, misturam, combinam rasgos de bravura, feitos inéditos e além da própria previsão. Sua historia não é simplesmente uma página de virtudes, há erros que imprimem as digitais da fraqueza humana. Porém, seu destino é glorioso e a sua vocação histórica configura a tranqüilidade da vela que nada perde de sua força, quando, com sua chama, acende uma outra que está apagada". [5]

De fato Juazeiro se tornou glorioso quando seus moradores permitiram que "a glória do Senhor" viesse sobre eles. (Ver Isaías 60:1,2)
Esse é o teatro no qual se desenrolaram cenas maravilhosas da história do Adventismo. Entre nesse espetáculo, assista essas cenas e conheça seus atores. Quando o drama terminar, louve a Deus porque ele exibirá o último set da história do mundo, à volta do Senhor Jesus.

Referências:

[1] Fátima recife Pernambuco Menezes, Padre Cícero: do milagre a farsa do julgamento (Recife, Pernambuco: Editora Bagaço), pág. 9.
[2] Folder venha conhecer Juazeiro do Norte.
[3] Padre Néri Feitosa, Eu Defendo o Padre Cícero, 1982, pág. 21.
[4] Luiz Pontes, Padre Cícero o cearense do século xx, (Brasília, 2001), pág.10.
[5] Monsenhor Murilo de Sá Barreto, citado em Revista da gente, edição 2006, pag. 11.

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